Dumb Screams
sexta-feira, maio 30, 2008
porque estou farta de ter o nariz a pingar...
porque tenho um buraco no lugar de um dente...
porque estou farta de estar sozinha em casa...
porque o "zapping" na TV parece não ter fim...
porque não me apetece fazer nada...
mas fico farta de não ter nada para fazer
(ou de não gostar das opções disponíveis).
quinta-feira, maio 29, 2008
Porque às vezes faltam palavras...
"Esqueço-me de tudo, por isso escrevo
Longe do terror do sismo inesperado das
estrelas, escrevo com a certeza
de que tudo o que escrevo se
apagará do papel no momento
da minha morte.
O olhar fugiu pelos interstícios
dos objectos,
Sinto-me como se tivesse cegado
por excesso de olhar o mundo.
As palavras para nomear o que é
belo definharam,
raramente as escrevo,
penso-as só.
(...)
Ignoro o mundo e a noite que o
envolve e devora."
Al Berto (1982)
segunda-feira, abril 07, 2008
"Saudade"
Faz um ano que partiste...
Um ano de tristeza,
Um ano de saudade.
Partiste para "longe",
Para um lugar melhor
Onde já não sofres.
Partiste cedo,
Mas a tua vida foi longa em sofrimento.
Por cá, deixaste aqueles que te amam
Numa tristeza e saudade imensa.
Dizem que a vida continua,
Mas a saudade, essa, permanece.
E permanecerá sempre...
domingo, abril 06, 2008
"Porto Pim"
As ondas rebentam suavemente,
A brisa sopra de mansinho,
O meu cabelo esvoaça,
O Sol quente penetra-me na pele,
A areia fina trespassa os meus dedos,
A calma e tranquilidade deste lugar
Fazem-se esquecer tudo o que me rodeia.
Sinto-me como se não existisse
Mais nada para além daqui.
Fico aqui sentada a olhar o mar
E o horizonte por horas a fio...
Mas por fim, o Sol teima em esconder-se,
E o vento fresco que se abate sobre a praia
Faz-me lembrar que lá fora existe um mundo,
Um mundo de problemas e afazeres que me espera,
Enquanto aqui me tento isolar de tudo...
26/03/2008
quarta-feira, agosto 29, 2007
Viagem
O comboio arranca
Vejo passar ervas e árvores secas
Já queimadas dos incêndios.
O cheiro ainda persiste...
Do outro lado
Plantações ainda verdes,
E ao fundo um castelo.
Poderia ser um quadro bonito.
Mas o comboio avança
E surge depois o rio.
O cheiro que dele emana
É nauseabundo...
Parece que se entranha
No corpo, nas roupas...
Só peço para que a viagem termine!
Longe
Mais uma vez estás longe
E sinto a tua falta de novo.
Cada vez custa mais
Separar-me de ti.
Só me resta esperar
Que o tempo passe a correr,
Enquanto não voltas p'ra mim.
quinta-feira, agosto 23, 2007
Retratos
O silêncio realça a solidão.
Retratos de gente e de paisagens
Brotam na imaginação: recordações!
A saudade abate-se,
E cresce a esperança de um regresso em breve...
domingo, junho 24, 2007
Peter's
Encontro uma ilha
Será maravilha ou tem, o que ninguém deu
Durante a viagem,
P'ró outro lado
É mais uma ilha,
Será que é mais outro porto
Em que se bebeu e se esqueceu
Um outro fado?
Há quem espere por nós assim
Mesmo ao meio da rota do fim
Há quem tenha os braços abertos p'ra nos aquecer
E acenar no fim
Há quem tema por nós assim
Quando os barcos partem por fim
Há quem tenha os braços fechados, com beijos jurados
Eu voltarei p'ra ti
Nunca é miragem
Sabemos que o cais é certo
É estrela polar, em sol aberto
A castigar
Ficamos mais perto
Sentimos mais dentro a força
Do que nós somos e do que queremos
Reconquistar
Há quem espere por nós assim
Mesmo ao meio da rota do fim
Há quem tenha os braços abertos p'ra nos aquecer
E acenar no fim
Há quem tema por nós assim
Quando os barcos partem por fim
Há quem tenha os braços fechados, com beijos jurados
Eu voltarei p'ra ti
Mesmo ao meio da rota do fim
Há quem tenha os braços abertos p'ra nos aquecer
E acenar no fim
Há quem tema por nós assim
Quando os barcos partem por fim
Há quem tenha os braços fechados, com beijos jurados
Eu voltarei p'ra ti
Dança de núvens
O vento é meu companheiro
P'ra me embalar no meu repouso
De aventureiro
Há quem espera por nós assim
Mesmo ao meio da rota do fim
Há quem tenha os braços abertos p'ra nos aquecer
E acenar no fim
Há quem tema por nós assim
Quando os barcos partem por fim
Há quem tenha os braços fechados, com beijos jurados
Eu voltarei p'ra ti...
Mesmo ao meio da rota do fim
Há quem tenha os braços abertos p'ra nos aquecer
E acenar no fim
Há quem tema por nós assim
Quando os barcos partem por fim
Há quem tenha os braços fechados, com beijos jurados
Eu voltarei p'ra ti...
(Trovante)